“Costa
Junior – JOER”
Perdi
as contas de quantas vezes acordei às 5h da manhã assustado. O susto era momentâneo,
pois logo me lembrava de que o barulho que me acordava era de pedradas na
janela ou no telhado de casa. Os lançadores de tais pedras... jovens “faminhas”
por jogar bola. E eu era um desses, que uma hora era acordado com as pedradas,
e logo em seguida acordava outros usando os mesmos métodos. Época tão boa que
chega dá arrepios de lembrar!
As
pedradas seguia um itinerário. Nos dias de treinamento, aleatoriamente, um dos “faminhas”
ficava responsável por acordar primeiro e sair acordando os outros. O motivo
para tal feito, treinar para ir jogar no JOER.
Éramos
bons jogadores. Fizemos bonito em algumas edições do JOER. Infelizmente nunca ganhamos a fase regional. Me lembro
perfeitamente de um dos jogos de 2003, jogo trucado contra a Escola Capitão
Silvio de Farias. Pressão do primeiro ao ultimo minuto de jogo, a torcida
paralisou o jogo umas três vezes por invadir o ginásio. O melhor jogo da minha
vida! ganhamos na raça e na habilidade e fomos classificados para a final.
Perdemos a final, mas voltamos para casa com a sensação de dever cumprido, cada
um deu o máximo de si. Não era pra ser!
A época
de ouro do Costa Junior em JOER se deu mais ou menos entre os anos de 2000 e
2003. Aliás, em conversas com diversos professores, os anos de 2003 e 2004
foram divisores de águas no Costa Junior. De lá para cá as coisas mudaram
muito.
Prof.
Gilvan é um dos pioneiros dessa cidade. Ele serviu de exemplo para muitos de
nós “faminhas” naquela época. Tenho certeza de que muito do caráter dos “faminhas”
hoje é formado pela época que convivemos com Prof. Gilvan. Ele nos apresentou a
responsabilidade e a coletividade. Duas qualidades importantes para vivermos
nesse mundo de hoje. Se nunca agradeci, fica aqui externado o meu eterno agradecimento
Prof. Gilvan. Obrigado!
A foto
é de umas das equipes. Nós, naquela época estudantes. Hoje, a maioria é pai de
família. Todos trabalhadores responsáveis pelo que vivenciamos e aprendemos
naquela época de ouro do Costa Junior.
Por:
Fred Willan
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